domingo, 30 de novembro de 2008

palavras do períto Ricardo Molina

O perito particular Ricardo Molina, que é um dos mais renomados e respeitados de todo Brasil, concedeu entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo na qual analisou o vídeo que mostra o momento da invasão da polícia no apartamento onde o sequestrador Lindembergue mantinha refém sua ex-namorada Eloá Cristina, e sua amiga Nayara, ambas de 15 anos.

Durante esta entrevista o perito verificou que não houve nenhum disparo antes da invasão da polícia e ficou comprovado que a demora na abertura da porta permitiram ao sequestrador disparar os três tiros que acertaram a menina Eloá na virílha e na cabeça e a Nayara na boca.

A alegação da polícia de que houve um disparo antes não convenceu a ninguém. No local haviam centenas de pessoas, incluindo-se aí dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos e ninguém ouviu o suposto disparo citado pelo comandante da operação.

Outro especialista em segurança, que comandava o BOPE, no Rio de Janeiro, também deu entrevista ao Jornal Nacional e mostrou que a falha de não conhecer o local e de não imaginar que poderia haver um impedimento na abertura da porta poderiam ser suficientes para a tragédia acontecer.

Além disso, o mesmo comandante que alegou ter havido um disparo antes da invasão alegou que embora o sequestrador tivesse ficado diversas vezes na mira dos atiradores de elite, ele não poderia autorizar sua execução pois a imprensa criticaria a polícia do mesmo jeito. Isto eu concordo, pois a imprensa quer mais é que tenha polêmica para ficarem explorando o fato e se tivessem alvejado o sequestrador certamente a imprensa estaria colocando a polícia como vilã da história e tratariam o marginal como coitadinho, da mesma forma como fizeram antes.
Publicado em outubro 18, 2008 por Luiz Souza

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